Nível do reservatório de Furnas em Minas Gerais está baixo

Nível do reservatório de Furnas em Minas Gerais está baixo

furnas 2Por causa da estiagem, o reservatório da hidrelétrica está com menos de 30% de volume útil. No mesmo período em 2013, ultrapassava os 70%.

 

O nível da água do reservatório da usina hidrelétrica de Furnas, no sul de Minas Gerais, está mais baixo, por causa da estiagem.

Pela barragem desce apenas um fio de água. O reservatório da hidrelétrica de Furnas está com menos de 30% de volume útil. No mesmo período no ano passado ultrapassava os 70%.

É o nível mais crítico para um mês de maio dos últimos 13 anos. O lago está pelo menos dez metros mais raso do que o normal para essa época. É possível ver isso através das réguas instaladas nas margens do reservatório. A água deveria cobrir tudo e alcançar a última marcação.

O nível da água está tão baixo no lago que as ruínas da igreja

da cidade de Guapé, submersa em 1963, começaram a aparecer. Neste local, seu José criava 40 toneladas de tilápia por ano. Dois meses atrás ele vendeu tudo porque a água começou a baixar rapidamente.

“Eu tive que vender peixe que ainda não estava terminado e vender pela metade do preço que seria o preço de mercado”, conta José Antônio de Oliveira Filho, piscicultor.

A paisagem é rodeada por hotéis, pousadas e restaurantes. Segundo a associação que representa os 34 municípios banhados pelo lago de Furnas, a economia da região teve um prejuízo de R$ 30 milhões em um ano.

“Muitas empresas fecharam, muitas pessoas foram demitidas, tiveram de mudar de atividades. Outras pessoas tiveram as suas jornadas de trabalho reduzidas”, explica Fausto Costa, secretário executivo da Alago.

A redução do volume de água ainda não afetou a produção de energia da usina de Furnas. O nível está sete metros acima do mínimo necessário para a operação. A torcida lá é para que a chuva volte, e com ela os bons tempos de fartura.

“Uns tempos atrás teve muito bom, pegava muito peixe: traíra, tilápia pegava demais. Agora ficou ruim”, afirma o pescador João Batista Barbosa.

 

 

Fonte: G1

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