Jogo do Brasil e feriado prolongado diminuem ritmo da CPI da Petrobras

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CPI mista da Petrobras ouve depoimento de Graça Foster, na quarta-feira (11/06)

 

 

 

 

 

 

 

 

As duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que apuram irregularidades na Petrobras deverão ter ritmo reduzido nesta semana devido ao jogo da Seleção Brasileira pela Copa do Mundo, na terça-feira (17), e ao feriado prolongado de Corpus Christi, na quinta-feira (19).

As duas comissões – uma composta exclusivamente por senadores e outra mista, também com deputados – têm se reunido nas terças e quintas, mas esta semana vão funcionar apenas quarta-feira. Pela manhã, a CPI do Senado vai ouvir o gerente de Engenharia de Custos da Petrobras, Alexandre Rabello. À tarde, CPI mista fará sessão deliberativa para tentar aprovar centenas de requerimentos que estão em pauta.

A aprovação dos requerimentos, porém, vai depender de quórum. Dos 32 parlamentares que compõe a CPMI, serão necessários 17 para dar início à votação dos 379 itens, entre eles, dois que pedem a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousseff, ambos presos pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato.

De acordo com o presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), a CPI mista votou 200 requerimentos desde sua instalação, em 28 de maio. O peemdebista, responsável pela convocação das reuniões, disse que a lista de presença nesta semana deverá ser baixa. “Estamos trabalhando, eu não posso é deixar de marcar as reuniões”, afirmou.

O deputado Julio Delgado (PSB-MG), integrante da CPI, disse que o governo está tentando “empurrar” os trabalhos do colegiado para depois do recesso parlamentar de julho. “Esta semana tem jogo do Brasil, quinta é feriado, semana que vem também tem jogo, é uma tentativa de tentar empurrar isso pra depois do recesso”, afirmou.

O líder da bancada do Solidariedade na Câmara, deputado Fernando Francischini (PR), culpou o governo por a Comissão Parlamentar de Inquérito estar “indo de mal a pior”, segundo afirmou.

A oposição também criticou a atuação do relator, deputado Marco Maia (PT-RS), na última sessão da CPMI, quando o petista usou mais de duas horas para fazer 139 perguntas à presidente da Petrobras, Graça Foster. Para o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), essa é uma “estratégia” do governo para “esvaziar a CPI e não investigar absolutamente nada”.

“O governo resolveu usar um trator na CPI, mais de duas horas fazendo perguntas ao extremo, fazendo jogo de impedir investigação”, declarou o Francischini.

A reportagem tentou entrar em contato com Marco Maia, mas não teve resposta.

 

 

Fonte: G1                                                                                                                                                                                                                                                              logopet

1008jia2001