Governo prepara a regulamentação de microusinas para uso doméstico
Um projeto piloto do Ministério de Minas e Energia vai testar, nas cinco regiões do país, a nova tecnologia de microusinas de energia solar. Elas podem gerar toda energia que uma casa precisa.
A tecnologia avançou e agora dá para usar só a luz do sol para fazer um barco navegar durante seis horas. Em terra firme, a fonte de energia é a mesma. Painéis solares instalados em casas e prédios são usados há anos, principalmente para aquecer a água. É uma forma de reduzir a conta de luz.
Imagine se toda a energia elétrica necessária para o funcionamento de uma casa fosse gerada com energia solar e se, além disso, a sobra pudesse ser repassada para a concessionária. É assim que o setor elétrico planeja o futuro de parte do consumo residencial no Brasil. O primeiro teste está sendo feito na embaixada da Itália, em Brasília.
Como o espaço é muito grande, quatro mil metros quadrados, 405 painéis foram instalados no telhado. A embaixada financiou os equipamentos em 15 anos.
Quando chegou ao Brasil, há três anos, o embaixador Gherardo La Francesca teve a mesma preocupação de qualquer dona de casa. “Quanto gastamos pela eletricidade? Eu levei um susto! Não é possível. Então começou essa ideia”.
Nos dias com sol forte, a embaixada gera mais energia do que precisa. Agora, vai repassar esse excedente para a rede elétrica da cidade.
O governo prepara a regulamentação de microusinas como essa, que podem ser instaladas em qualquer residência. “Vale a pena fazer uma instalação dessa, porque ela se paga ao longo do tempo, com a redução do custo da conta do consumidor”, garante Altino Ventura Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético/ Ministério de Minas e Energia.
A maior dificuldade é o preço. Como os equipamentos são importados, uma casa de tamanho médio gastaria de 30 mil a 40 mil reais. Por isso está em estudo a abertura de um financiamento especial para quem se interessar pela nova tecnologia.
“É muito importante que a prestação do financiamento tenha uma prestação inferior a economia que o consumidor tem na sua conta de luz, de tal maneira que ele tenha um incentivo para aderir a um programa desse tipo”, diz o secretário.
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Fonte: Jornal Hoje