Emissão de CO2 por uso de energia no Brasil é 70 vezes menor do que média mundial
País emitiu 460 milhões de toneladas de dióxido de carbono
Com predominância de fontes de energia limpas e renováveis em sua matriz energética, o Brasil registrou, em 2013, emissão de gases do efeito estufa quase 70 vezes menor do que a média estimada para os demais países. Os dados constam do boletim “Energia no Mundo”, divulgado anualmente pela Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME).
Segundo o boletim, o Brasil emitiu 460 milhões de toneladas de dióxido de carbono (MtCO2) no ano passado, o que representa uma relação de 1,55 toneladas de CO2 a cada tonelada equivalente de petróleo (tep) consumida no País. O indicador é 34% menor que o mundial, de 2,37 tCO2/tep, resultado da emissão de 32.270 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2013.
Carvão mineral aumentou emissões no mundo
A relação entre o consumo de energia e as emissões de CO2 mundiais piorou nos últimos dez anos, de acordo com o boletim. Com crescimento de 28% na demanda mundial de energia, entre 2003 e 2013, e maior uso relativo de carvão mineral em relação ao petróleo e gás, as emissões de gases do efeito estufa passaram de 2,33 tCO2/tep em 2003 para os atuais 2,37 tCO2/tep.
Quanto ao consumo mundial de petróleo, o boletim aponta que em 2013 foram consumidos 91,3 milhões de barris por dia (Mbbl/d), equivalente a 31 vezes o consumo do Brasil no mesmo ano. Já o consumo de gás natural mundial foi de 3.348 bilhões de metros cúbicos (Gm³), volume 89 vezes maior que o consumido no Brasil. No carvão mineral, o consumo mundial foi de 3.827 Mtep no ano passado, montante 232 vezes o do Brasil.
O boletim “Energia no Mundo” é produzido anualmente pelo Núcleo de Estudos Estratégicos de Energia (N3E), e apresenta gráficos e dados sobre as matrizes energética e elétrica de 89 países. O documento também traz indicadores sobre a produção e o consumo de energia nesses países e suas relações com o PIB, população, emissões de CO2, entre outros.
Fonte: Jornal da Energia