Eletrobras será reestruturada, diz ministro de Minas e Energia

Objetivo de plano é assegurar investimentos na área de geração que viabilizem energia gerada por hidrelétricas e térmicas, e não intermitente, caso da solar e das eólicas.

eduardo-braga-novo-ministro-de-minas-e-energia-foto-geraldo-magela-agencia-senado-12-11-2013_201311120001A Eletrobrás passará por reestruturação completa e terá novas diretrizes e políticas para seguir, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Segundo ele, esse novo direcionamento será anunciado pelo governo no segundo semestre. “Estamos reorientando nossa estratégia com as coligadas e o planejamento estratégico da Eletrobras. Não é um movimento isolado do ministério, mas do governo. Estamos próximos de anunciar essa nova política, que terá mais governança e compliance”, disse. “A Eletrobrás precisa dar resultados financeiros e parar de dar prejuízo.”

O objetivo desse plano é assegurar investimentos na área de geração que viabilizem energia firme, gerada por hidrelétricas e térmicas, e não intermitente, caso da solar e das eólicas. As linhas gerais foram dadas pela presidente Dilma Rousseff, mas cada coligada deverá apresentar plano próprio, entre elas Eletronorte, Eletrosul, Furnas, Chesf, Eletronuclear e CGTEE. “Achamos que o papel das coligadas da Eletrobras no incentivo de algumas fontes está cumprido”, disse Braga. “Agora, o esforço será o de viabilizar energia firme a um custo baixo. Também continuaremos a investir em transmissão.”

Segundo o ministro, as usinas eólicas não são um exemplo de investimento que gera energia firme. No Sul, as rajadas de vento fazem com que o fator de capacidade médio (relação que aponta o aproveitamento do vento e sua efetiva geração) seja de 30% a 35%. No Nordeste, onde o vento é constante, o fator de capacidade não ultrapassa os 50%. “Não dá para dizer que vamos assegurar toda a energia de que o País precisa com eólicas”, disse. Na energia solar, o ministro avalia que o investimento deve ser feito pelos próprios consumidores, distribuidoras de energia e empresas privadas. Braga disse que o plano inclui a venda de ativos, como as distribuidoras federalizadas da companhia e parques eólicos. “Alguns leilões dos quais a Eletrobrás participou foram vencidos e dão dinheiro, de forma que não são prioridade de desinvestimento.”

Greve

Em greve desde segunda-feira, os trabalhadores da Eletrobrás aguardam a formalização de uma contraproposta da empresa para definir os rumos do movimento. Eles querem o pagamento de participação nos resultados (PLR) da empresa, apesar do prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão em 2014.

Fonte: Época Negócioslogopet

1008jia2001