Eficiência energética: Brasil é penúltimo entre os maiores do mundo
Ranking elaborado pela ACEEE aponta o país na 15ª posição, a frente apenas do México; Alemanha lidera
Não é apenas no futebol que a Alemanha mostra-se a melhor do mundo. Ranking elaborado pelo Conselho Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE na sigla em inglês) aponta o país como o mais eficiente neste quesito. Assim como na Copa do Mundo, o desempenho brasileiro mostrou-se sofrível, com um 15º lugar entre as 16 maiores nações, ficando atrás apenas do México – e por pouco.
A elaboração do ranking leva em consideração quatro itens: nacional, construção, indústria e transportes. Para cada um deles, os países receberam nota de zero a 30. Na soma dos quesitos, o Brasil terminou com 30 pontos, menos que a metade dos 65 pontos da Alemanha. O lanterna México alcançou 29 pontos.
Para se ter uma ideia, o pior desempenho da Alemanha (13), registrado em transportes, foi quase igual ao melhor do Brasil (14), apurado no mesmo quesito.
De acordo com o documento, o fato do Brasil apostar alto na produção de energia, especialmente as produzidas por meio de fontes renováveis, deixa um longo campo inexplorado para melhora da eficiência.
Um ponto importante ressaltado pela ACEEE é o fato do Brasil ter um dos melhores índices operacionais de usinas termelétricas – 41%, o Japão lidera com 46% -, mas o segundo pior em perdas de distribuição com 16% – perdendo apenas para a Índia, com 21%.
O conselho americano também aponta que, apesar do país ter uma Política Nacional sobre Mudanças de Clima (PNMC), que contém alguns dispositivos relacionados à ação nacional para promoção da eficiência energética, não existe nenhuma meta relacionada à economia de energia.
Entre os pontos a serem melhorados, a ACEEE destaca a implementação de um código residencial e comercial para melhorar a eficiência energética de edifícios e a realização de parcerias público-privadas e criação de regulamentações para gestão de usinas geradoras e a realização de auditorias energéticas periódicas.
Fonte: Jornal da Energia