Consumo de energia elétrica caiu 3,1% em setembro, diz EPE
Setor da indústria teve a maior queda do ano; consumo foi 6,3% menor.
No país, o consumo de eletricidade no geral caiu 1,7%.
O consumo de energia elétrica no país caiu 3,1% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, somando 37.701 gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30).
O consumo de energia foi menor neste mês em todas as classes. A entidade apontou que o setor industrial apresentou a maior queda do ano, -6,3%, totalizando 14.025 GWh. O consumo comercial foi 0,8% menor, e o residencial caiu 1,7%.
“Tal comportamento [da indústria] continua refletindo o fraco desempenho generalizado da indústria, sem sinais de melhorias sustentadas no curto prazo, conforme aponta a série decrescente do Índice de Confiança da Indústria em 2015, publicado pela FGV“, ressaltou a EPE.
Foram consumidos 10.399 GWh nas residências e 7.125 GWh nos estabelecimentos comerciais e de serviços. De acordo com a EPE, o recuo de gasto de energia nas residências é a sétima queda no ano.
“Nos lares brasileiros houve queda na intensidade do uso da energia, medida pelo consumo residencial médio, a maior registrada nos últimos 10 anos (-1,9%), atingindo 163 kWh/mês em setembro”.
No ano, contudo, o setor comercial foi o único a registrar alta de consumo de eletricidade, cresceu 1,1%. Já o gasto residencial caiu 0,7%, e o industrial, 4,5%. No país, o consumo de eletricidade no geral caiu 1,7%.
Regiões
As reduções mais acentuadas foram registradas nos estados da região Sul: Paraná (-3,9%), Rio Grande do Sul (-3,5%) e Santa Catarina (-2,9%), além de São Paulo (-4,0%), no Sudeste, e do Distrito Federal (-4,2%).
3º trimestre em queda
No trimestre encerrado em setembro, o consumo de energia caiu 2,7% e alcançou 112.173 GWh em comparação com o mesmo período de 2014. Segundo a EPE, essa foi a terceira queda consecutiva.
“O agravamento das condições de emprego e renda, o crédito mais restrito, conjugados ao reajuste elevado das tarifas de energia elétrica têm contribuído para o recuo do consumo de energia nas classes residencial e comercial, como pode ser observado a partir da evolução ao longo dos trimestres do ano”, analisou.
Fonte: G1