Como funciona: Criptomoeda

Como funciona: Criptomoeda

No mundo em que vivemos hoje, as transações digitais estão se tornando cada vez mais frequentes, enquanto o uso de dinheiro físico está ficando mais raro.

Dentro desse contexto, temos várias formas de realizá-las de maneira conveniente e segura. Isso inclui compras online, a utilização do PIX por meio do aplicativo do banco e o uso das criptomoedas.

Falando um pouco mais sobre as criptomoedas, elas são moedas digitais que funcionam em uma rede descentralizada, chamada blockchain. Essa tecnologia utiliza algoritmos criptográficos para garantir a segurança e a integridade das transações. Além disso, as criptomoedas oferecem benefícios como transações rápidas e baixas taxas, bem como a possibilidade de realizá-las de forma anônima, dependendo da criptomoeda utilizada.

Como as criptomoedas apareceram no mercado

O conceito de criptomoeda surgiu em 1982, na tese de doutorado de David Chaum. Porém a primeira criptomoeda só foi surgir em 2008, o Bitcoin, como uma resposta para a crise financeira que estava acontecendo na época por conta da bolha imobiliária nos Estado Unidos.

David Chaum, criador do conceito das criptos.

Após o Bitcoin vieram várias outras moedas, sendo as mais conhecidas, o Ethereum, criado por Vitalik Buterin, o Litecoin, feito por Charlie Lee, e o Ripple, criado por Jed McCaleb.

Símbolos do Bitcoin (a), Ethereum (b), Litecoin (c), Ripple (d).

Como funcionam as redes de criptomoedas

Como já foi dito anteriormente, para que todo mecanismo das criptomoedas funcione corretamente, é necessário a utilização de duas tecnologias principais, a CRIPTOGRAFIA e o BLOCKCHAIN.

  • Criptografia:

É evidente a relação entre o termo “criptomoeda” e criptografia, pois esta desempenha um papel crucial no desenvolvimento da rede. A criptografia é responsável por fornecer a segurança necessária para a realização de transações e emissões de moedas, garantindo a sustentabilidade do mercado. Essa área da segurança digital faz com que as informações e dados sejam embaralhados, tornando-os ilegíveis para aqueles que não possuem o código capaz de desfazer a criptografia.

  • Blockchain:

Podemos definir blockchain como um livro-razão imutável e compartilhado que facilita o processo de registro de transações e controle de ativos em uma rede de negócios.

Em termos gerais, as blockchains funcionam da seguinte forma: à medida que as transações ocorrem, elas são armazenadas em “blocos”. Periodicamente, esses blocos são encerrados e um código criptografado é gerado para cada bloco, baseado em seu conteúdo e no código do bloco anterior. Isso cria uma cadeia em que cada bloco está conectado ao bloco anterior e ao próximo. Caso alguém tente fazer qualquer alteração em um dos blocos, todos os blocos subsequentes terão seus códigos alterados, alertando todos os usuários que têm acesso à blockchain sobre qualquer tentativa de fraude. Portanto, a blockchain é a tecnologia ideal para o registro e transação de criptomoedas, pois impede a ocorrência de fraudes. Muitas pessoas se perguntam por que não é possível duplicar a quantidade de criptomoedas, já que elas são apenas linhas de código. A resposta para essa pergunta reside exatamente na blockchain, que impede esse tipo de manipulação, já que é impossível modificar ou criar dados dentro dos blocos.

  • Transações de criptomoedas:

As transações de criptomoedas funcionam de forma descentralizada e utilizam da tecnologia blockchain para garantir a segurança e a integridade das operações. Vamos explicar o processo de transação passo a passo:

  1. Registro na blockchain: Quando uma criptomoeda é “minerada” por um usuário, ou seja, quando a moeda é criada, essa criação é registrada no sistema da blockchain. Essa informação é distribuída para todos os usuários conectados à rede, tornando-se um registro imutável e público.
  2. Transações: Quando você deseja fazer uma transação de sua carteira de criptomoedas para outra pessoa ou lugar, essa transação é enviada para a rede blockchain. A transação inclui informações como o endereço do destinatário, o valor da transação e uma assinatura digital para autenticar a transação.
  3. Verificação e validação: Todas as transações enviadas para a rede blockchain são verificadas e validadas pelos usuários que participam do processo de validação, também conhecidos como “mineradores”. Esses mineradores executam cálculos complexos para resolver problemas matemáticos e alcançar um consenso sobre a validade das transações. Essa verificação garante que as transações sejam autênticas e legítimas.
  4. Inclusão na blockchain: Após a verificação e validação, a transação é incluída em um bloco da blockchain. Cada bloco contém um conjunto de transações e possui um código criptografado, chamado de hash, que conecta o bloco ao bloco anterior, criando uma cadeia contínua de blocos.
  5. Confirmação: Uma vez que a transação é incluída em um bloco, ela é considerada confirmada. O número de confirmações necessárias pode variar dependendo da criptomoeda, mas geralmente quanto mais confirmações uma transação recebe, mais segura ela é considerada.
  6. Imutabilidade: Após a inclusão na blockchain, as transações se tornam permanentes e imutáveis. Isso significa que é praticamente impossível alterar ou reverter uma transação confirmada na blockchain, garantindo a integridade e a segurança das transações de criptomoedas.

Em resumo, as transações de criptomoedas são registradas e verificadas na blockchain, onde são validadas pelos mineradores e incluídas em blocos. A imutabilidade da blockchain e a participação descentralizada dos usuários tornam as transações de criptomoedas seguras e confiáveis, dificultando a ocorrência de fraudes.

Gabriel Ribeiro