Conheça um pouco mais sobre a vida e a trajetória de Alexander Graham Bell, o inventor do telefone.

Ficou curioso para saber quem é o nosso escolhido de hoje ? Vamos que eu te explico.

Esse senhor de barbas brancas nasceu na Escócia, mais precisamente em Edimburgo,muitos o conhecem por ser o inventor do telefone, porém eu afirmo que esse cara foi muito mais do que isso. As melhorias do seu telefone e sua difusão poderiam tê-lo deixado rico, mas ele não se sentia seduzido pelos negócios, ele preferia  se ocupar com a instrução dos surdos-mudos e dedicar-se a novas experiência e invenções. 
Podemos começar com o fato que sua mãe, Eliza Grace Symonds, era surda e seu  pai, Alexander Melville Bell, era  instrutor de surdos-mudos e especialista em problemas auditivos, eles queriam criar o que chamava de “fala visível”.

 
Formação Acadêmica


Graham Bell passou por três universidades: em Edimburgo, depois em Londres e, por fim, em Würzburg, na Alemanha, onde se formou em medicina. Aos 21 anos tornou-se assistente do pai, em Londres. Nessa época, seus dois irmãos morreram de tuberculose e a ameaça da doença levou seu pai a mudar-se com a família para o Canadá em agosto de 1870.  Em 1871, o pai de Bell foi convidado a treinar professores de uma escola de surdos em Boston, mas preferiu enviar o filho em seu lugar. Assim, Alexander foi para os EUA, ensinar o método de pronúncia desenvolvido por seu pai. No ano seguinte Bell abriu sua própria escola para surdos e depois se tornou professor da Universidade de Boston. Foi justamente nessa época que começou a se interessar por telegrafia e a estudar modos de usar a eletricidade para transmitir sons. 
Graham Bell, com seu excelente trabalho, teve a oportunidade de conhecer pessoas influentes como Thomas Sanders, um rico comerciante, pai de um de seus alunos. O menino havia mostrado progressos rápidos, e seu pai ficou tão grato que convidou Bell para morar em sua casa. Outra importante pessoa para Bell foi Gardiner Greene Hubbard, um advogado e empresário, cuja filha, Mabel, tinha ficado surda aos quatro anos, em consequência de uma escarlatina. Ela já era adolescente quando Graham Bell começou a treiná-la para falar, com bons resultados. Em seguida, em 1875, Bell e Mabel ficaram noivos.


O Telefone de Bell


Tudo começou quando Bell teve a oportunidade de ver a invenção do professor alemão Philip Reis, que havia juntado dois pedacinhos de madeira e aço, conseguindo construir um estranho aparelho capaz de transmitir sons, batizado como telefone. Ao vê-lo, Bell achou que a eletricidade poderia aperfeiçoá-lo e teve a ideia de construir um aparelho capaz de transmitir notas musicais à distância usando eletricidade. Durante os anos de 1873 e 1874, Bell fez experimentos e concluiu se era possível transmitir um conjunto de notas musicais, também seria possível transmitir a voz humana.
Mas a princípio a transmissão de diferentes notas musicais poderia ser utilizada para enviar muitas mensagens telegráficas simultaneamente pelo mesmo fio. E ao falar sobre suas ideias e experimentos, Sanders e Hubbard ficaram interessados no projeto do “telégrafo harmônico” ou telégrafo musical.
Foi então que naquela época algo interessante aconteceu, Bell teve a informação de que Elisha Gray, um dos fundadores da empresa de telégrafos, também estava tentando construir um aparelho do mesmo tipo. Ele sabia que havia urgência em patentear seu invento e entregou o pedido no Escritório de Patentes no dia 14 de fevereiro de 1876, apenas duas horas antes de que o mesmo fosse feito por Elisha Gray. Que correria não é mesmo?
Os experimentos continuaram e em 10 de março de 1876, Bell experimentava um modelo de telefone no sótão. Seu assistente, Watson, encontrava-se em outro aposento. Entre os dois cômodos, estava estendida uma conexão telefônica que não conseguira transmitir mensagens inteligíveis. Enquanto Bell estava trabalhando, derrubou uma pilha e os ácidos corrosivos caíram sobre a mesa e em suas roupas. Bell gritou: “Sr. Watson, venha cá, preciso do senhor!” Watson ouviu a mensagem pelo telefone, e foi até ele. Bell estava com 29 anos e tinha, afinal, inventado o telefone.

Rainha Vitória e Dom Pedro II

Bell então decidiu apresentar a invenção na exposição do jubileu de Filadélfia. Em um mês e meio, Bell já havia construído dois aparelhos para mostrar aos visitantes da exposição, que por sinal, inicialmente, os acolheram com indiferença. 
Contudo, D.Pedro II, velho conhecido nosso, estava presente no evento e o reconheceu como o professor da Universidade de Boston, que encontrara anos antes, e ficou curioso para saber o que ele havia construído. Alexander Graham Bell não perdeu a oportunidade e de uma das extremidades do aparelho, recitou o famoso monólogo de Hamlet. Já na outra extremidade, o imperador brasileiro gritou, “Grande Deus, isto fala”. Essa foi a frase que serviu a Bell para lançar sua invenção, que se tornou, a partir daquele instante, a principal atração da exposição, embora apenas como curiosidade.

Bell casou-se com Mabel Hubbard e partiu para uma viagem à Europa. A Inglaterra era o terreno mais favorável para o lançamento comercial do aparelho, e Bell não hesitou em apresentá-lo à rainha Vitória e a instalar um aparelho na Câmara dos Comuns. Enquanto isso, a ideia do telefone interessava também a outros inventores, que construíram aparelhos semelhantes. Logo o telefone sofreu notáveis melhorias e difundiu-se com rapidez.
Em 1915, foi inaugurada a primeira linha transcontinental norte-americana. Convidado à inauguração, Bell conseguiu que, na outra extremidade da linha, ficasse seu assistente Watson, o mesmo que em 1876 havia participado acidentalmente da primeira ligação telefônica. 
Quando morreu em sua casa , no Canadá , todos os telefones dos Estados Unidos, em sinal de luto, foram silenciados por um minuto, numa última homenagem ao homem que havia dado ao mundo um dos mais eficientes meios de comunicação.

Por: Luísa Barbosa