Nucleares e renováveis vão dominar o crescimento da matriz energética global
A expansão das energias renováveis vai aumentar praticamente um terço em relação aos níveis de 2008, fazendo com que essas fontes passem a responder por cerca de 30% do consumo global de eletricidade em 2035. Esse cenário aparece no estudo World Energy Outlook, apresentado no País nesta segunda-feira (15/12) pela Agência Internacional de Energia (AIE). A previsão leva em conta os compromissos políticos e planos anunciados por vários países do mundo para conter as emissões de gases do efeito estufa.
Nas previsões da agência, as fontes que apresentam maior evolução são o carvão, a energia nuclear e as fontes renováveis não hidrelétricas. A participação das usinas nucleares aumenta, passando dos atuais 6% da matriz para 8% em 2035. Já as fontes hidrelétrica, eólica, solar, geotérmica, biomassa e marítima, que hoje somam 7% da capacidade mundial, podem chegar a 14% nos próximos 25 anos.
O consumo de energia vai crescer principalmente nos países emergentes, sendo que a China registrará uma disparada na demanda. Nas previsões do estudo, o país vai ser responsável por 36% do aumento na utilização de energia no mundo. A demanda do país vai se expandir em 75% e representará 22% de todo o consumo global – contra uma participação hoje estimada em 17%.
Fora da Ásia, o Oriente Médio deve registrar a maior aceleração no consumo de energia, com uma alta de 2% ao ano. Ainda assim, os Estados Unidos continuarão como o segundo maior consumidor do mundo, atrás apenas da China, mas muito à frente da Índia, que ocupará um terceiro lugar ainda distante.A procura por eletricidade no mundo deve crescer a um ritmo de 2,2% ao ano entre 2008 e 2035.
O economista-chefe da AIE, Faith Birol, que esteve no País para apresentar o World Energy Outlook em evento no Ministério de Minas e Energia, destacou que as políticas anunciadas em Copenhage ainda estão além do necessário para garantir um futuro energético seguro e saudável. Birol foi recebido pelo secretário de Planejamento Energético do MME, Altino Ventura, que ressaltou o perfil renovável da matriz energética brasileira.
Fonte: Jornal da Energia