Laser orgânico: Depois dos OLEDs, vêm aí os OLasers
Lasers orgânicos
Nos últimos anos, as pesquisas sobre semicondutores orgânicos – baseados em carbono – para criar componentes optoeletrônicos levaram a uma ampla variedade de aplicações. Entre elas estão os diodos emissores de luz orgânicos (OLEDs), já utilizados em telas de TV e celulares.
Apesar desse rápido progresso, um dos grandes objetivos dessa área, que é a construção de um laser de bombeamento elétrico a partir de materiais orgânicos, ainda não foi alcançado.
Mas um passo importante rumo a esses OLASERs acaba de ser dado por uma equipe da Universidade de Heidelberg (Alemanha) e da Universidade de St Andrews (Escócia).
O trabalho da equipe se concentrou no acoplamento entre luz e matéria no interior de nanotubos de carbono semicondutores – estruturas microscópicas de carbono em forma de tubo.
Excitons e polaritons
Quando os fótons (luz) e os excitons (matéria) são postos para trocar energia rapidamente, eles formam novas quasipartículas conhecidas como excitons-polaritons, que têm a desejável característica de emitir luz. Sob certas condições, essas emissões podem assumir propriedades similares às da luz laser. Em outras palavras, uma luz semelhante ao laser emitida por materiais orgânicos – um OLaser.
Para conseguir usar eletricidade para gerar excitons-polaritons dentro dos nanotubos de carbono, Arko Graf e seus colegas desenvolveram um transístor emissor de luz com uma densa camada de nanotubos de carbono e então incorporado entre dois espelhos metálicos.
Devido à extrema estabilidade e à alta condutividade proporcionada pelos nanotubos de carbono, as densidades de corrente e, portanto, as densidades de polaritons obtidas foram várias ordens de magnitude acima de qualquer valor obtido anteriormente.
Segundo a equipe, isso mostra que um laser de polaritons eletricamente bombeado está realisticamente ao alcance, sendo uma questão de tempo.
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Fonte: Inovação Tecnológica