Chips de grafeno são fabricados em meio líquido
Processo microfluídico
Uma nova técnica para produzir circuitos integrados pode não apenas dar versatilidade à fabricação dos circuitos integrados, mas também permitir a construção de chips melhores usando materiais ainda não totalmente aproveitados pela indústria eletrônica.
Além disso, a técnica tem tudo para ser muito barata porque se baseia na tecnologia da microfluídica, a mesma usada para fabricar os biochips.
Os canais minúsculos de um chip microfluídico são usados para controlar o fluxo e a direção de quantidades ínfimas de líquido, normalmente para realizar exames biomédicos. O que Benjamin Hogan e seus colegas fizeram foi diluir flocos de óxido de grafeno no fluido, o que permitiu aplicar o material em locais e quantidades precisas.
Embora os flocos de óxidos de óxido de grafeno sejam basicamente bidimensionais – consistindo apenas em comprimento e largura – a equipe usou um sistema sofisticado baseado em luz para dirigir a montagem das estruturas depositadas pelos microcanais, o que permitiu construir chips tridimensionais.
Optoeletrônica
Depois de verificar que sua técnica de fabricação produz chips funcionais, a equipe decidiu publicar o projeto detalhado de sua microfábrica para que outras equipes explorem a técnica para fabricar seus próprios processadores.
A expectativa é que a fabricação microfluídica possa dar um novo impulso à produção de materiais optoeletrônicos – componentes que produzem, detectam e controlam a luz – que são vitais para a próxima geração de tecnologias não apenas de computação, mas também de energias renováveis.
“Esperamos que este avanço conduza a uma revolução no desenvolvimento de novos materiais vitais para a eletrônica computacional. O trabalho fornece uma plataforma sólida para o desenvolvimento de dispositivos optoeletrônicos de próxima geração. Além disso, os materiais e os métodos usados são extremamente promissores para uma ampla gama de outras aplicações potenciais além dos dispositivos atuais,” disse a professora Anna Baldycheva, da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
Fonte: Site Inovação Tecnológica