Projetos apostam em inovação para a produção de uniformes militares inteligentes

A ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, publicou um edital para implementar novas tecnologias ao setor têxtil, focando em vestíveis e com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de uniformes operacionais para forças terrestres, nacional e internacional.

Luiz Carlos Lima Filho foi o responsável pelo primeiro protótipo escolhido. A vestimenta conta com sensores, painéis solares, bateria de longa duração carregada pelos próprios painéis e sensor de gases tóxicos, além de fazer o controle da comunicação com uma central.

Filho explica que a roupa ainda faz o monitoramento da saúde de quem a está usando. “Todas as informações coletadas pela roupa ficam disponíveis em um visor localizado na altura do pulso e são também enviadas para o quartel”, explica.

A segunda colocação ficou com Ricardo Ramos, da Nanovetores, que desenvolveu sua criação pensando no conforto do usuário. Focando na inteligência, foram criadas funcionalidades que reduzem os efeitos de calor, frio e cansaço, destacando que quanto mais o militar sua, por exemplo, mais ele sentirá uma sensação de frescor. Ramos explica que também foi selecionado um “blend” com ação anti-inflamatória e analgésica para o alívio de dor, fadiga e cansaço nos pés.

Em terceiro ficou a empresa Bee.u, que inovou nos materiais usados para a produção dos tecidos aplicando proteções contra raios UVA e UVB, sendo ainda antimicrobianos e repelentes à água e óleo. A vestimenta também suporta dispositivos tecnológicos como RFID, relógio inteligente e placa solar. Nas etiquetas, como explica a responsável Paula Hoff, é possível adicionar qualquer tipo de informação, como o tipo sanguíneo do militar.

Guto Ferreira, presidente da ABDI, afirmou que a agência se reunirá com o Exército Brasileiro em 2019 para discutir requisitos técnicos e novas funcionalidades antes de utilizar os três protótipos para a fabricação de um novo uniforme. “Já temos um acordo de cooperação, agora precisamos juntar as ideias e consultar as Forças Armadas sobre outras inovações que possam ser necessárias”, conta Larissa Querino, líder do projeto de defesa da ABDI.

Os três projetos escolhidos receberam, respectivamente, prêmios de R$ 50 mil, R$ 40 mil e R$ 30 mil.

Fonte: CanalTechlogo_pet2