Stellar Banner: entenda os riscos ambientais de um dos maiores naufrágios do mundo.

Stellar Banner: entenda os riscos ambientais de um dos maiores naufrágios do mundo.

O navio Stella Banner da empresa sul-coreana Polaris Shipping está encalhado a aproximadamente 1100 quilômetros do litoral maranhense. Este, carregado com 295.000 toneladas de minério e 3500 toneladas de combustível, passará por uma operação de retirada de combustível e de minério antes de ser rebocado. 

Um segundo navio deve ser acoplado ao Stella Banner e parte do combustível será drenado dos tanques do supercargueiro. Além da chegada do navio que receberá o combustível, outras embarcações de apoio ficarão de prontidão para agir em caso de vazamento.                 A retirada não pode ser total porque caso tudo seja retirado simultaneamente, a estrutura do navio é colocada em risco.

O risco de vazamento de combustível e suas consequências

Até o momento não foi constatado nenhum vazamento de combustível, o que apresenta grande preocupação entre os ambientalistas. Entretanto, uma porção de cerca de 33 litros de óleo que estava no convés do navio entrou em contato com o oceano.

Caso as autoridades não consigam realizar a retirada do combustível de forma que não haja vazamento, os danos serão incalculáveis. Estima-se que toda comunidade marinha será afetada, podendo erradicar espécies e comprometer a longo prazo a proliferação das mesmas.

E quem seria o responsável? 

Existe uma corrente mais radical do direito ambiental que se alia ao que é chamado de risco integral, no qual a empresa seria responsável integralmente por todos os riscos decorrentes da sua atividade. Desta forma, a Vale, enquanto vendedora do minério que estava sendo transportado pelo navio, poderia ser responsabilizada pelo ocorrido, na medida em que coube a ela a escolha do transportador do minério até o porto na China, para onde se dirigiria a carga.

Área afetada  

A área afetada no casco do navio é de cerca de 25 metros. Atualmente, não há registro de vazamentos.No dia 28 de fevereiro, o Ibama havia verificado o vazamento de 333 litros de óleo no mar e o poluente havia se espalhado por uma área de 0,79 km². Um dia depois, o instituto afirmou que não visualizou mais as manchas de óleo encontradas anteriormente.Técnicos também trabalharam para vedar ainda mais os tanques de combustível e reforçar as travas dos compartimentos de carga, onde está o minério.

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Por Davi Abrantes

Administrador