Óculos 3D e a polarização da luz

Óculos 3D e a polarização da luz

Com o processo de evolução dos animais, alguns deles, como coelhos e ratos, por serem caçados, possuem os olhos de cada lado da cabeça. O motivo disso é para aumentar o campo de visão e ficarem atentos em relação às presas. Dessa forma, os olhos destes animais não trabalham em conjunto. Entretanto, apesar de possuírem maior campo de visão, só conseguem enxergar em duas dimensões (altura e largura).

Por outro lado, certos animais, como macacos, devido à necessidade de pular de galho em galho nas árvores da floresta, desenvolveram uma visão binocular. Com isso, seus olhos trabalham juntos lado a lado, de forma que se torna possível enxergar em três dimensões (altura, largura e profundidade).

Como nós, humanos, temos um ancestral em comum com os macacos, também possuímos a capacidade de enxergar em três dimensões. Porém, se conseguimos enxergar em 3D, por que precisamos do óculos 3D no cinema? O motivo é que nossos olhos trabalham juntos e cada um enxerga uma imagem 2D diferente, e a união das duas faz com que o nosso cérebro seja capaz de visualizar a profundidade. Quando estamos no cinema, nós visualizamos a tela que é somente um plano, por isso não conseguimos alcançar o 3D.

Com o óculos 3D, enxergamos duas imagens diferentes e enganamos nosso cérebro para que o 3D aconteça. Primeiramente, foi pensado em utilizar duas lentes de cores diferentes (azul e vermelha) e o filme possuiria duas imagens, uma mais avermelhada e outra mais azulada. A imagem azulada seria bloqueada pela lente azul e o mesmo aconteceria com a imagem vermelha e sua respectiva lente. Entretanto, fazer com que uma imagem seja mais azul ou vermelha, faz também que essa imagem perca a sua qualidade.

Para resolver esse problema, utiliza-se a polarização da luz. Como o caminho de uma onda de luz é aleatório, um filtro polarizador faz com que uma lente receba luz polarizada na vertical e a outra lente a luz polarizada na horizontal. Dessa forma, recebemos duas imagens diferentes e o nosso cérebro é capaz de enxergar o 3D na sala de cinema. Mesmo assim, ainda temos um problema: dessa forma teríamos que assistir os filmes sem nos mexer, pois qualquer alteração na angulação do óculos não estaria mais na vertical e horizontal e por isso não enxergaríamos de forma correta.

A solução foi que um projetor do cinema emitisse a onda de luz no sentido horário e outro no sentido anti-horário. Assim, poderíamos mudar a posição em que estamos assistindo o filme e mesmo assim ainda vamos assistir em 3D, pois o óculos terá, além do filtro polarizador, uma camada extra que faz com que a luz giratória fique polarizada.
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Escrito por: João Pedro F. Barreto

João Bareto