Especial – Fusão Nuclear: Um novo futuro

Resultados promissores apontam a realidade revolucionária de uma nova fonte quase inesgotável de energia

sqhaushaA demanda energética do Brasil e do mundo é um fator em pauta em nossos dias. Sinônimo de crescimento e desenvolvimento, a busca por novas fontes estimula pesquisas, move grandes investimentos e traz preocupações.

Um novo método de geração de energia prometer revolucionar o que temos até hoje neste campo: A fusão nuclear.

A fusão nuclear é o processo no qual dois átomos colidem formando um terceiro átomo. Essa colisão não acontece naturalmente na natureza, devido às características eletromagnéticas atômicas. Para que isso ocorra, são necessário altíssimas temperaturas e pressões. Quando acontecem, entretanto, liberam uma quantidade significativa de energia.

O elemento utilizado é o hidrogênio (H), que no processo forma hélio (He). Isótopos de hidrogênio são colocados em uma cápsula do tamanho de uma tampinha de caneta. Cento e noventa e dois potentes feixes de raio laser ultravioleta são usados para bombardear esse “combustível”. Seis gramas de hidrogênio são suficientes para abastecer uma casa com quatro pessoas por 156 dias.

O problema é que, para criar as condições necessárias para a reação, uma grande quantidade de energia é necessária, o que torna o processo ainda inviável para grande escala. Se alcançado um meio eficiente, que necessite de menos energia, as usinas por fusão poderão substituir usinas hidrelétricas, à carvão, à gás e talvez até o petróleo. Além do mais, poderá alimentar uma nova geração de naves espaciais, proporcionando mais velocidade e autonomia.

Os Estados Unidos investem nas pesquisas com a construção do National Ignition Facility (NIF), aparelho para realizar fusões nucleares, localizado no Lawrence Livermore National Laboratory (Livermore, Califórnia). Num marco histórico, o NIF foi capaz de gerar mais energia do que consumiu, alçando grandes perspectivas. As ideias ainda estão em fase de desenvolvimento, mas se mostram promissoras.

A fusão nuclear foi estudada desde 1930 para uso em armamentos, como as bombas de hidrogênio. Hoje, porém, os olhos se voltam à questão energética, caracterizando, revolucionariamente, um meio sustentável e abundante de geração.

A importância desses estudos é singular. O patamar de avanços provindos de utilização eficiente do processo supriria muitas de nossas necessidades, extrapolando limitações para o desenvolvimento.

Com a estrutura da matriz energética do mundo, dependente de recursos limitados, escassos e de risco, e com o crescente desenvolvimento tecnológico, uma nova fonte é fundamental.

 

Fontes: Mundo Estranho, Exame, Hype Science, NIF