Novos leilões aumentarão investimentos, mas energia elétrica ficará ainda mais cara

Governo deve permitir que tarifas aumentem para atrair investidoras, prejudicadas por fraca economia, alto dólar e cortes no BNDES

Linhas de transmissão de energia elétrica (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

O governo fará oito leilões para aumentar a geração e a transmissão de energia elétrica, mas o consumidor continuará a ver a conta encarecer nos próximos anos. Para captar investidores, a equipe de Dilma Rousseff tem aumentado o preço máximo das tarifas que podem ser cobradas pelas empresas da população, de acordo com analistas consultados pelo jornal O Globo.

Serão realizados quatro leilões de geração de energia e quatro para sistemas de transmissão. Ao todo, os investimentos podem chegar a R$ 109 bilhões, o que ajudará o governo a manter a oferta de energia elétrica em nível suficiente nos próximos anos. Só que as empresas que ofertam esses valores estão fragilizadas pela crise econômica, pelo dólar alto e pela redução dos financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O preço médio da venda de energia em alguns dos leilões aumentou de R$ 91,25 em dezembro de 2012 para R$ 259,19 em abril deste ano, segundo a consultoria Safira. A verba emprestada pelo BNDES, que custeava até 70% do projeto em 2014, caiu para 50% em 2015, de acordo com a consultoria Thymos. Como consequência, para atrair investidoras, o governo tende a permitir que parte desse custo seja repassado ao consumidor no médio prazo.

Fonte: Época

logopet