Gerador é feito com material piezoelétrico produzido por vírus

O nanogerador biofabricado foi usado para alimentar uma bateria de LEDs (embaixo, à direita).
O nanogerador biofabricado foi usado para alimentar uma bateria de LEDs (embaixo, à direita).

Biofabricação

Os nanogeradores são a forma mais promissora para a colheita de energia, que consiste no aproveitamento de vibrações e outros fenômenos naturais para gerar eletricidade para pequenos aparelhos eletrônicos.

A equipe do Prof. Keon Jae Lee, do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, já havia demonstrado que os nanogeradores podem ser biocompatíveis, o que facilitará seu uso em implantes médicos para aproveitar o próprio movimento do paciente para alimentar marca-passos e outros aparelhos.

Agora a equipe levou o aspecto “bio” ao extremo, e usou uma abordagem biotecnológica para fabricar o nanogerador.

Eles modificaram geneticamente um vírus M13, que é inofensivo para a saúde humana e amplamente existente na natureza, para tirar proveito da sua notável capacidade de sintetizar um material inorgânico altamente piezoelétrico, o titanato de bário (BaTiO3).

Os materiais piezoelétricos são os principais componentes dos nanogeradores, que geram eletricidade diretamente a partir de movimentos mecânicos – como a respiração, o batimento cardíaco ou o andar, entre muitas outras possibilidades.

Usando esse material piezoelétrico biofabricado, a equipe construiu um nanogerador flexível e com uma potência muito alta em relação aos seus antecessores.

“Esta é a primeira vez que se introduz um material piezoelétrico inorgânico biomodelado em um sistema de captação de energia autoalimentado, o que pode ser feito por meio de uma síntese eficiente e ambientalmente correta,” disse o professor Lee.

O vírus M13 tem um longo histórico de auxílio nas pesquisas de geração de energia.

Fonte: inovação tecnológicalogopet (1)

1008jia2001