Tecnologias limpas: AIE quer políticas mais agressivas

Da Agência Ambiente Energia – Da Agência Ambiente Energia – O Relatório de Progresso de Energia Limpa (Clean Energy), publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) neste mês de abril, traz uma mensagem bem direta: é preciso ser mais agressivo na adoção de políticas e incentivos para o aumento das tecnologias limpas na matriz energética mundial. Segundo a agência, apesar da evolução destas fontes, nos últimos anos a demanda por combustíveis fósseis ofuscou este crescimento. Por exemplo, o carvão atendeu 47% da demanda por eletricidade global na última década, superando os esforços para implantação de fontes renováveis de energia e projetos de eficiência energética.

Para o embaixador Richard Jones, vice-diretor executivo da IEA, a dependência mundial de combustíveis fósseis ameaça a sustentabilidade ambiental. “Vários países têm demonstrado que é possível a rápida transição para as tecnologias limpas, e que isso pode ser feito de baixo para cima. É preciso políticas efetivas que respondam aos sinais do mercado”, comentou o executivo.

O Clean Energy Relatório apresenta um panorama da evolução das políticas, dos gastos públicos em pesquisa, desenvolvimento e implantação de tecnologias limpas, incluindo as energias renováveis, eficiência energética, veículos elétricos, a energia nuclear, biocombustíveis e captação e armazenamento de CO2 (CCS). O documento destaca que o apoio político levou ao aumento do uso das tecnologias limpas.

O relatório cita a energia solar e eólica como duas áreas em que notáveis ​​desenvolvimentos foram feitos. “No caso da energia solar, pelo menos dez países agora têm grandes mercados domésticos, contra apenas três em 2000″, aponta a publicação. “A energia eólica também experimentou crescimento significativo na última década, chegando a uma capacidade instalada no final de 2010 de cerca de 194 gigawatts, mais de dez vezes os 17 gigawatts do final de 2000″, acrescenta.

Segundo a publicação, a geração de eletricidade renovável desde 1990 cresceu, em média, 2,7% ao ano, contra evolução de 3% verificada na geração de eletricidade total. Ainda de acordo com a IEA, para alcançar a meta de reduzir pela metade as emissões globais de CO2 até 2050 será necessária a duplicação do consumo total de geração renovável em 2020, a partir do nível de hoje.

Fonte: Ambiente Energia