Energia renovável:Brasil perde posição no mundo

Da Agência Ambiente Energia – Estudo da Ernst & Young sobre investimentos em projetos de energias renováveis no mundo, concluído em agosto de 2010, mostra que o Brasil perdeu duas posições no ranking, passando da 16ª para a 18ª posição. Após ultrapassar os Estados Unidos, a China se consolidou como líder mundial. A novidade do ranking de 30 países feito pela consultoria desde 2003 e atualizado trimestralmente é a entrada pela primeira vez Coreia do Sul, México, Romênia e Egito. Outra novidade é o Japão saiu da 19º para a 15º e a saída da República Tcheca da listagem.

No ranking, o Brasil manteve os mesmos 46 pontos, de um total de 100, da edição anterior do levantamento. Para Luiz Claudio Campos, sócio da consultoria Enerst & Young Terco, a queda do país foi tímida, lembrando que China e Índia vêm ocupando os primeiros lugares do ranking. “Enquanto, nos BRICs, o mercado de energias renováveis se dá de forma acelerada, os países tradicionalmente mais desenvolvidos ainda padecem dos efeitos da crise”, afirma Campos.

Nesta edição do estudo global, o cenário brasileiro é pouco mencionado. A única citação envolve a Omega Energia, que, segundo o estudo, “está pronta para receber fundos de até R$ 350 milhoes em investimento conjuntos da firma global de private equity Warburg Pincus e da gerenciadora brasileira de ativos Tarpon Investimentos. A Omega usará o recurso para expandir sua capacidade de geração de energia renovável para além das hidrelétricas, desenvolvendo também geração de energia solar e eólica”.

A China mostra um grande apetite pelos investimentos na indústria eólica, com volume equivalente à metade do total do investimento global. Segundo o estudo da Ernst & Young, até o final do segundo semestre, o país respondia por recursos da ordem de US$ 10 bilhões nesta fonte de energia, de um total de US$ 20,5 bilhões no mundo. O resultado da injeção é que aproximadamente 50% das turbinas com funcionamento iniciado neste ano estão no país asiático.

De acordo com o estudo, crise financeira, a queda no preço do gás e incertezas acerca de políticas ambientais de médio e longo prazos influenciaram no posicionamento dos Estados Unidos, agora situado a cinco pontos atrás da China, contra os dois anteriores.

“Desde que atingiu a liderança no ranking divulgado no início de setembro, a China abriu boa vantagem sobre outros mercados. Tecnologia limpa, incluindo energias renováveis, representa uma parcela significativa do plano de crescimento econômico chinês”, avalia Ben Warren, líder de consultoria para infraestrutura energética e ambiental da Ernst & Young no Reino Unido
Fonte: Ambiente Energia