Especial: A História das Telecomunicações

A história das Telecomunicações remonta ao final do século XVIII, quando os principais sistemas foram empregados para a transmissão a distância. Entretanto, sua implantação definitiva ocorreu na segunda metade do século XX, como consequência do avanço acelerado da eletrônica e das ciências associadas à automatização.

Do Século XIX ao século XXI as telecomunicações vêm revolucionando a vida das pessoas, colocando-as cada vez mais perto uma das outras. Se no princípio foi de forma tímida, agora as mudanças são profundas e rápidas impulsionando a economia do Planeta e influenciando no modo de vida das pessoas.

O telégrafo

A proposta de Samuel Morse era criar um aparelho elétrico que servisse para enviar mensagens de longas distâncias através de um cabo. Sendo assim, em 1835 ele construiu o primeiro protótipo de um telégrafo, mas que só foi disponibilizado para demonstração pública em 6 de janeiro de 1838. O inventor conseguia passar a comunicação utilizando um código composto por pontos e traços, correspondendo a sinais curtos e longos, enviados de forma alternada. Essa codificação também foi criada por ele e, por isso, recebeu o nome de “alfabeto morse” ou “código morse”.

Observando essa grande invenção, o Congresso dos Estados Unidos, em 1843, concedeu ao criador uma verba de 30 mil dólares para que ele construísse a linha telegráfica eletromagnética unindo as cidades de Baltimore e Washington. Depois o cabo foi estendido entre Washington e Nova Jérsei.

Entretanto, quem acredita que a invenção beneficiou o povo e facilitou a comunicação das pessoas de forma imediata, se engana. Logo de início, as linhas telegráficas conectavam somente estações ferroviárias, depois foram utilizadas para uso oficial dos governos e, por último, para o envio de mensagens de pessoas comuns. Na prática, a possibilidade de enviar mensagens a grandes distâncias e de forma rápida, integrou as diferentes cidades dos Estados Unidos.

O telefone

Era a voz humana que, em 1876, começava a se deslocar através de fios. Uma nova comunicação a distância surgia, graças ao telefone de Graham Bell.

O princípio era o mesmo que funcionou até meados do século XX, ou seja, transmitir primeiro as ondas acústicas em oscilações elétricas, passando-as para um fio e, depois, transformando-as de novo em ondas sonoras, do outro lado da linha.

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Dom Pedro II foi convidado por Alexander Graham Bell para conhecer o aparelho elétrico chamado de “máquina falante”. Nessa apresentação Bell, em uma das extremidades do fio, e Dom Pedro na outra, a uma distância de 150 metros, pronunciou a seguinte frase: “To be or not to be!” Surpreendendo a todos os presentes, o imperador exclamou: “My God, it talks!” (Meu Deus, isto fala!) Essa foi a primeira ligação telefônica realizada em público.

O celular

Em 1961, os cientistas russos apresentaram ao mundo um telefone móvel que pesava apenas 70 gramas (praticamente metade do que pesam os smartphones mais sofisticados hoje). Esse telefone cabia nas palmas das mãos dos cientistas. Em 1991, houve a primeira transmissão do novo formato digital de sinal de celular, o 2G. Além de conversas, o novo padrão também possibilitava troca de mensagens por meio do serviço SMS, que no Brasil ficou mais conhecido como torpedo.

Entretanto, o primeiro telefone com as características de um smartphone foi lançado em 1993. O IBM Simon combinava as funções do celular e do palmtop, tinha tela sensível ao toque e acessava e-mails. Três anos depois, a Nokia lançou o 9000 communicator, primeiro celular com acesso à internet.

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A internet

Criada com objetivos militares, seria uma das formas das forças armadas norte-americanas de manter as comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações.

Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico.

Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem que foi a maior criação tecnológica, depois da televisão na década de 1950.

A fibra óptica

Durante quase um século, a comunicação elétrica foi transportada através de milhares de pares de fios, em tubos de chumbo que atravessavam o subsolo das cidades. Tecnicamente, essas transmissões foram se aperfeiçoando e os tubos de chumbo sendo substituídos pelo uso de cabos coaxiais. Estes, eram feitos de cobre e transportavam, no seu interior, os canais de voz. Mais tarde, surgiram as fibras ópticas, que revolucionaram a comunicação eletrônica, acelerando ainda mais a velocidade das ligações. As primeiras, foram produzidas pelos japoneses em 1969 e, na década seguinte, já eram usadas nos Estados Unidos, chegando ao Brasil apenas em 1984. Hoje em dia, as fibras ópticas cortam as cidades e atravessam oceanos, permitindo a multiplicação do número de chamadas telefônicas, o envio de vídeos e mensagens eletrônicas, numa velocidade jamais imaginada pelos pioneiros das telecomunicações.

No Brasil

A história das telecomunicações no Brasil é um caminho povoado de contradições. Por um lado, tivemos um imperador visionário, que incentivou a pesquisa e a descoberta de tecnologias muito avançadas para a época, como o próprio aparelho de Graham Bell instalado em sua residência. Em contrapartida, não valorizávamos nossas próprias descobertas, condenando ao ostracismo inventores como o cientista e padre Roberto Landell de Moura. Nesse mesmo ritmo contraditório, avançamos o século XX percorrendo altos e baixos no processo de desenvolvimento das telecomunicações e, por conseguinte, da telefonia nacional.

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Fontes: Oi Futuro

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