Projeto Waveroller energia das ondas em Peniche recebe 10 milhões de euros

projeto-waverolller-energia-das-ondasO projeto Waveroller que está sendo desenvolvido em Peniche e que cujo objetivo é explorar a energia das ondas,acaba de receber um financiamento de 10 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI), com o apoio do programa comunitário Horizonte 2020.

No âmbito da iniciativa Horizonte 2020, a Comissão Europeia e o Grupo BEI disponibilizaram uma nova geração de produtos financeiros e serviços de consultoria destinados a apoiar o acesso ao financiamento por parte de empresas com projetos inovadores.

Converter a energia das ondas em energia elétrica é o mote para este apoio e assim será possível construir em Peniche uma unidade de demonstração à escala real do conceito Waveroller.

“O projeto está sendo bastante promissor e despertou já o interesse em 6 países.”

O empréstimo concedido faz parte da linha de apoio Innovfin Energy Demo Project, mecanismo de dívidas setorial e inovador que visa apoiar com maturidades até 15 anos, empreendimentos de teste de novas tecnologias no setor energético que, por ainda não estarem em fase de exploração comercial não têm capacidade de ser auto-sustentáveis e não são capazes de gerar as receitas necessárias ao pagamento do investimento.

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Desde o ano 2012 que o Waveroller tem três protótipos em fase de teste, em Portugal. Cada um tem uma potência de 100 kW e estão ligados à rede perto de Peniche.

A tecnologia permite converter a energia das ondas em energia elétrica recorrendo a painéis que são instalados debaixo de água, com um circuito hidráulico no seu interior.

Com o novo empréstimo, a fase seguinte é a instalação de um mecanismo de demonstração de 350 kW à escala real, na mesma zona e ainda durante este ano.

O custo total do projeto é de 19 milhões de euros (dos quais 10 milhões euros são apoiados pelo empréstimo do BEI).

Para além do Waveroller, Portugal tem mais projetos de produção de energia elétrica a partir do mar. Um deles é o Windfloat, uma torre eólica flutuante posicionada ao largo da Póvoa do Varzim.

São 2 megawatts (MW) de capacidade que, nos próximos meses serão desligados para permitir que outras tecnologias entrem em fase de teste.

Há a perspetiva de que este projeto prossiga ao largo de Viana do Castelo com um parque eólico offshore de maior dimensão.

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Fonte: Portal Energia