Permissão para missão comercial britânica de telecomunicações na lua

A empresa britânica de satélites SSTL tem o aval para produzir uma espaçonave de telecomunicações para a Lua. A plataforma, que deve estar pronta para lançamento no final de 2022, será usada por outras missões lunares para retransmitir seus dados e telemetria para a Terra. Os satélites já fazem isso em Marte, ligando veículos terrestres a engenheiros e cientistas em suas casas.

O empreendimento chamado de Lunar Pathfinder fará o seu trabalho na Lua. A SSTL está financiando a construção do próprio satélite, mas venderá seus serviços de telecomunicações sob um contrato comercial com a Agência Espacial Europeia (ESA). Espera-se que outras organizações governamentais e atores privados também comprem capacidade da espaçonave.

A Lua está prestes a se tornar o destino preferido nesta década, com a intenção dos americanos de colocar os humanos na superfície novamente, 50 anos depois da missão Apollo. O Projeto Ártemis, da NASA, identificou 2024 como a data em que a “primeira mulher e o próximo homem” pousarão perto do polo sul lunar. O plano é colocar o satélite do Reino Unido em uma órbita altamente elíptica para que ele possa ter longos períodos de visibilidade sobre esse local.

Novas possibilidades de conexão

Espera-se que o Pathfinder seja particularmente útil para quaisquer transmissões que estão além do alcance da transmissão direta de rádio com a Terra. Essa tecnologia é mais uma prova de que a presença dos satélites pode aumentar as conexões com o mundo, abrindo possibilidade, inclusive, para ampliação do acesso à internet e aos serviços atrelados a essa ferramenta, que variam de entrega de comida e jogos de cassino a funções jurídicas e governamentais que necessitam dessa conexão.

No caso do Pathfinder, a presença do satélite tornaria as conexões possíveis e isso poderia ser o facilitador para alguns projetos lunares menores e de baixo custo que, caso contrário, teriam que adquirir seu próprio sistema de retransmissão separado. Mas, em qualquer lugar na Lua, acima ou na superfície – todas as missões devem se beneficiar do aumento nas taxas de dados provenientes de uma plataforma de telecomunicações local e dedicada.

O Reino Unido quer ver a estação Goonhilly Earth desempenhar um papel maior na exploração do espaço. (FONTE: Geograph)

Uma máquina pra lá de potente

A SSTL diz que o Lunar Pathfinder deve ter pouco menos de 300 kg no lançamento. Suas cargas de rádio funcionarão nas frequências da banda S e UHF para conversar com naves espaciais próximas e na banda X para fazer a conexão de vaivém com a Terra. 

Espera-se que o teleporte de Goonhilly, na Cornualha, com suas grandes antenas de rádio, atue como estação de ligação ascendente/descendente. A empresa de Guildford está obtendo essa oportunidade graças ao dinheiro investido pelo governo do Reino Unido na ESA em seu recente Conselho Ministerial em Sevilha, Espanha.

A delegação da Agência Espacial do Reino Unido (UKSA) comprometeu €14 milhões no orçamento de exploração lunar da Europa. Representantes britânicos também destinaram 18 milhões de euros para fazer parte dos esforços para desenvolver uma estação espacial internacional. Mais uma vez, o Reino Unido espera que possa desempenhar um papel importante nas comunicações desta estação.

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Fonte: EngenhariaE