Nova fonte de luz: um nanotubo com defeito

Os pesquisadores já patentearam a nova fonte emissora de luz – um simples nanotubo de nitreto de boro com um defeito.[Imagem: UPV/EHU]

Nanolâmpada

Com todo o potencial que já demonstraram, o maior empecilho para o uso em larga escala dosnanotubos é que é muito difícil fabricá-los sem defeitos.

Porém, Claudio Attaccalite e seus colegas da Universidade do País Basco, na Espanha, foram encontrar uma nova aplicação para o nanomaterial justamente em seus defeitos.

Attaccalite estava trabalhando não com os mais comuns nanotubos de carbono, mas com nanotubos de nitreto de boro.

A estudar seus defeitos, ele descobriu nada menos do que uma nova fonte emissora de luz que poderá ser facilmente incorporada em circuitos eletrônicos.

Ao aplicar uma corrente elétrica perpendicularmente ao nanotubo, os pesquisadores verificaram que ele emite luz onde há um defeito – nos pontos onde falta um átomo de boro.

Ou seja, um simples nanotubo com um defeito transformou-se em uma nanolâmpada – na verdade, quanto mais defeitos, mais eficiente ela é, emitindo mais luz.

Do infravermelho ao ultravioleta

O nitreto de boro é um material promissor no campo da nanotecnologia graças às suas excelentes propriedades e à estrutura bidimensional semelhante à dografeno – ele também tem o formato “tela de galinheiro”.

E as propriedades do nitreto de boro são muito superiores às de outros metais e semicondutores atualmente usados como emissores de luz, por exemplo, em aplicações ligadas ao armazenamento óptico (CDs e DVDs) ou em telecomunicações.

A nanolâmpada de estado sólido emite luz em várias faixas de onda, do infravermelho ao ultravioleta. O comprimento de onda emitido pode ser controlado pela tensão aplicada e pelo tamanho do nanotubo.

“Ele é extremamente eficiente na emissão de luz ultravioleta, um dos melhores [em relação] aos atualmente no mercado,” disse o professor Angel Rubio, coordenador da equipe.

Contudo, a emissão de luz dos nanotubos de nitreto de boro ocorre dentro de uma faixa muito limitada do espectro ultravioleta, o que significa que eles não poderão ser utilizados em aplicações nas quais se exige uma ampla gama de frequências – por exemplo, em aplicações que utilizam a luz visível.

Fonte: Inovação Tecnológicalogopet (1)