Internet das coisas exige nova mentalidade sobre proteção de energia

Quando analisamos as megatendências que impactam a sociedade, ouvimos muitas referências à internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Na base desse conceito, está a ideia de que todos os tipos de dispositivos são mais inteligentes e conectados do que no passado, fornecendo e consumindo mais informações via Internet o tempo todo.

Na sua casa pode ter aparelhos e sistemas de segurança que são monitorados e controlados via internet. Você já deve ter visto esse tipo de funcionalidade de “casa moderna” em comerciais de TV.

O termo IoT pode ser relativamente novo, mas ele já é realidade principalmente em ambientes industriais e comerciais. Sua implementação vem crescendo exponencialmente e o nível de dependência dessas conexões ganhou massa crítica.

Toda essa discussão sobre IoT serviu para ampliar o perfil das comunicações e sistemas de controle que impulsionam e analisam todos esses dados. Atualmente, eles são fundamentais para gerar melhorias na produtividade, na qualidade e na disponibilidade de sistemas. Por isso, é importante que as empresas analisem constantemente como protegem suas operações e processos industriais contra um perigo eminente: as quedas de energia e outros distúrbios relacionados a ela.

Ao analisar essa questão, é importante dividir a alimentação elétrica em duas áreas: principal e a que chamaremos de cerebral. A alimentação por meio da rede elétrica é, muitas vezes, a principal ou a única fonte de energia para um sistema ou dispositivo. Já a alimentação “cerebral” é uma fonte de energia separada para a inteligência do sistema, ou seja, seus controladores.

Em um ambiente industrial há certamente algumas cargas de alta relevância que justificam proteção de toda a energia. Isso pode ser para processos ou máquinas que causem prejuízos ou danos significativos caso parem devido a uma queda de energia. Em um ambiente comercial crítico, como um hospital, por exemplo, poderia ser um aparelho de ressonância magnética.

As cargas críticas devem ser protegidas por um sistema de nobreaks capaz de suportar a carga elétrica por conta própria por um período de tempo razoável em caso de falta de energia. Geralmente esses são sistemas nobreaks maiores, como uma unidade trifásica de 380 Volts.  Na maioria dos casos, eles trabalham em conjunto com geradores durante o período de falta de energia.

A maioria das empresas não consegue justificar, em termos de custos, o investimento em nobreaks para todas suas máquinas, processos ou sistemas de negócios. No entanto, é preciso estar atento que à medida que a dependência da inteligência nestes sistemas aumenta, é preciso assegurar o controle do processo e o funcionamento da inteligência do sistema por tempo suficiente.

Em um ambiente industrial, a inteligência do sistema poderiam ser sensores e sistemas de controle de processos – como controladores lógicos programáveis ou CLPs -, e redes que permitem que eles se comuniquem. Em um ambiente de negócios, isso pode incluir a gestão predial e sistemas de segurança, bem como PCs ou servidores conectados a um ou mais equipamentos, coletando dados ou controlando processos e quaisquer conexões de rede sobre as quais dados importantes trafegam.

No caso de queda de energia, instalações adequadas de nobreaks podem permitir o funcionamento dos equipamentos por tempo suficiente para o desligamento eficaz do sistema e coleta de dados importantes. Em um ambiente industrial, poderá ser possível determinar a causa da queda de energia, exatamente quando ela ocorreu, e preservar informações que permitirão uma retomada mais rápida da operação. É importante observar que um único nobreak pode fornecer energia de reserva para um grupo de sistemas e algum nível de infraestrutura de rede relacionado.

Estamos cercados de máquinas, processos e dispositivos que podem beneficiar-se da energia de reserva de nobreaks, especialmente na era da internet das coisas. Empresas precisam se perguntar sobre o que aconteceria com seus vários sistemas se houvesse uma interrupção de energia. O que seria preciso para colocar os sistemas novamente em operação? Que tipos de dados críticos poderiam ser perdidos? Essas respostas permitem uma avaliação básica para determinar o nível de risco aceitável e partir para uma análise mais profunda que permitirá identificar quais sistemas justificam proteção de energia de reserva, sejam eles de alimentação ou “cérebros”.

Fonte: IT Fórum 365

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