Energia eólica poderia prover 26% da energia chinesa até 2030

 Instalar fazendas eólicas nas províncias ventosas do norte chinês, como na figura ao lado em Xinjiang, pode produzir a maior custo devido a desafios na integração de redes.

No ultimo mês, a Energywise apontou que a razão primária para que fazendas eólicas chinesas performem abaixo do esperado versus às equivalentes baseadas nos EUA é que operadores de rede na China, favorecem deliberadamente às produções que têm o carvão como matéria prima.  

Este favorecimento possui tanto um lado técnico quanto um lado político. E tem levantado inúmeras questões sérias se a China pode ser confiável em um papel cada vez mais principal em energia eólica. Uma nova pesquisa publicada no último dia 20 traz estas complicações e preocupações a níveis menores, dizendo que energia eólica na China deve crescer exponencialmente.

Uma noticia publicada também no ultimo dia 20 no diário Nature Energy projetam que a energia eólica arcaria mais de um quarto do consumo de energia na China até 2030.

Na verdade, pesquisadores do MIT e da universidade de Tsinghua, projetam que melhoramentos modestos na flexibilidade da rede da China permitiria a energia eólica crescer além de 17%. O que eles debatem significa que fontes chinesas não renováveis poderiam crescer além do nível de 20% que a China prometeu conquistar devido ao Acordo Climático de Paris

Essas projeções chegam em um momento importante. A redução de fazendas eólicas praticamente dobrou no último ano, passou de 8% para 15%  de acordo com o Inside Climate News. As maiores reduções ocorreram justamente nas províncias do norte da China, regiões estas que aumentam significamente a produção de energia eólica na China. Por exemplo, nas fazendas da província de Gansu, onde houve o maior impacto, gerou uma queda de 39%.

Em resposta, oficiais chineses ordenaram um moratório em aprovações de fazenda eólicas em Gansu e ou cinco regiões nortenhas. Eles também começaram a questionar o futuro potencial da energia eólica, de acordo com Jiahai Yuan economista ambiental da Universidade de Potencia Eletrica do Norte da China em Pequim.

Os anúncios da parceria MIT-Tsinghua são expedidos de hora em hora o que nunca fora feito antes de acordo com Yuan. O modelo determina a saída de hora em hora ótima de várias classes de geradores para atender à demanda de eletricidade ao menor custo, sujeita a variadas limitações operacionais. A carta inclui a viabilidade de fontes flexíveis para suprir a variação da energia eólica.

Como caso básico, o time MIT-Tsinghua pensa que 2600TWh de energia pode ser acomodado em 2030 a um custo próximo do atual sobre energia eólica.

Geração a baixo custo é projetada para que em 2030 se eleve a níveis superiores a 3000 TWh com melhorias na flexibilidade da rede. Medidas de flexibilidade incluem: permitir geradores de carvão a diminuir 40% da capacidade estipulada quando há grande atividade eólica e agendamento diário de usinas elétricas ao invés de semanais ou mensais.

Fonte: IEEE Spectrum logo_pet2