Chesf vai construir usina na Nicarágua

Google Maps/Reprodução

A Eletrobras assinou, na quinta-feira (18/03), no Recife, protocolo de intenções para viabilizar a construção da usina hidrelétrica de Tumarín, na Nicarágua.

A Eletrobras Chesf será a empresa do Sistema que atuará na construção da usina de 220MW, cujo início das obras ocorrerá em 90 dias, com conclusão prevista para 2014.

Esta será a primeira vez que a Eletrobras Chesf participará de um empreendimento no exterior. O investimento em Tumarín será de US$850 milhões, financiados por recursos próprios das empresas sócias, pelo BNDES e pelo Banco Centro Americano de Investimentos Econômicos. Além da Eletrobras, a Construtora Queiroz Galvão participará das obras.

“Esta obra faz parte da decisão estratégica da Eletrobras de fortalecer as empresas controladas com o objetivo de transformar a holding numa megaempresa regional de energia elétrica. Esse investimento só é possível por conta da expertise que a Chesf detém”, explicou Dilton da Conti Oliveira, presidente da Eletrobras Chesf. A Usina de Tumarín representará 25% da geração de energia da Nicarágua e a empresa do Sistema Eletrobras será responsável pelo seu planejamento de engenharia, fiscalização das obras, operação e manutenção, por 30 anos.

“A Eletrobras está avaliando outros investimentos internacionais, porque tem como uma de suas metas expandir-se entre os países da América Latina. Há pelo menos 10 empreendimentos em fase de avaliação, como a construção de usinas hidrelétricas na Costa Rica, Honduras, El Salvador, Guiana, Peru, Colômbia e até mesmo uma usina binacional em parceria com a Argentina”, disse o superintendente de Operações no Exterior da Eletrobras, Sinval Gama.

A Eletrobras está entre as 10 maiores empresas do mundo na área de energia elétrica e a terceira entre aquelas trabalham, majoritariamente, com energia limpa (que não geram gases do efeito estufa). “Vamos investir, junto com os países vizinhos, em geração hidráulica, ajudando a ‘limpar’ a matriz energética da América Latina, já que muitos utilizam apenas a geração térmica, que é ‘suja’ e mais cara para os consumidores”, afirmou Sinval.

Transformação da Eletrobras
O diretor de Tecnologia da Eletrobras, Ubirajara Rocha Meira, que também é presidente do Conselho de Administração da Eletrobras Chesf, disse que o processo de fortalecimento da holding reforçará todas as empresas subsidiárias, inclusive a companhia nordestina. “Estamos convencidos de que a Eletrobras será mais forte com o fortalecimento de todas as 16 empresas que a compõem. Não há perda de autonomia”, afirmou. Para Dilton da Conti, a Eletrobras, como controladora, está assumindo seu papel e articulando as empresas, de modo a evitar competições internas indevidas e a reforçar seu papel como grande empresa mundial.

Fonte:Jornal da Energia