Tecnologia NFC quer facilitar pagamentos e segurança

 

Além do famoso uso em apps como Apple Pay e Samsung Pay, o NFC também tem sido utilizada para combater a pirataria.

Segundo uma pesquisa apresentada pelo Statista, até 2018, 1,9 bilhões de celulares terão a tecnologia NFC implementadas. NFC quer dizer “Near Field Communication, o que significa, em tradução livre, Comunicação de Campo Próximo. A tecnologia ganhou destaque pois, assim com o Wi-Fi e o Bluetooth, é uma inovação que não necessita de fios. E quem aí não está cansado de cabos? Dispositivos que tenham a tecnologia podem trocar informações quando são aproximados e uma operação pode ser feita sem que o usuário precise clicar em botões ou senhas ou, menos ainda, conectar um cabo.

Desenvolvida por Phillips e Sony em 2002, a tecnologia foi reconhecida em 2003 e tinha como objetivo ser utilizada somente em celulares, câmeras digitais, tablets e laptops, mas acabou ganhando mais usos, como em adesivos NFC, também chamada de tags. Com o seu custo diminuindo, discute-se o uso da NFC no nosso dia a dia e, embora as perspectivas sejam boas, ela ainda está longe de se tornar popular ao redor do globo.

Para compreender a tecnologia NFC é preciso entender que ele existe pelo campo eletromagnético, enquanto Bluetooth e Wi-Fi trabalham com transmissões de rádio. Há três tipos de NFC: o tipo A, o tipo B e o FeliCa, todos similares, mas que se comunicam de diferentes maneiras. O FeliCa é mais comum no Japão.

Os aparelhos que contém a tecnologia NFC podem ser ativos ou passivos. Um dispositivo passivo, como um adesivo ou chaveiro NFC, contém informações que outros aparelhos conseguem ler, mas o adesivo em si não consegue ler nenhuma informação. O aparelho passivo é como uma placa de trânsito: outros podem ver o que ela passa, mas ela, em si, só transmite aquela informação.

Já os ativos conseguem ler informação e até mandar. Um aparelho NFC ativo, por exemplo, pode ser um smartphone. Além de coletar as informações do adesivo, ele pode trocar informações com telefones compatíveis. Atualmente, o uso mais comum do NFC é em pagamentos.

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No Brasil, Android Pay e Apple Pay discutem uma chegada ao Brasil, mas ainda são rumores. Por aqui, cerca de 80% dos terminais de pagamento Cielo e Rede, algumas das mais populares do Brasil, já são adaptados para pagamento com a tecnologia, algo que a concorrente Samsung soube aproveitar com um solução que combina NFC e MST, de propriedade da sul-coreana. O Samsung Pay está disponível no Brasil desde meados de 2016.

Com a inovação que o NFC traz você não precisa ficar andando com o cartão de crédito por aí: é só aproximar o celular à maquininha e o pagamento será autorizado na hora. Tecnologias de radiofrequência e de ondas também tem avançado para que outros serviços possam existir, como é o caso do Amazon Go, um mercado em Seattle em que não existem filas.

Outro uso da tecnologia NFC que ganhou destaque é com fechaduras inteligentes: com tags NFC, a pessoa pode travar ou destravar a porta de casa — possibilitando que o bloqueio seja feito em qualquer lugar do mundo. Exemplos de empresas que oferecem esse serviço são a Lockitron e a Samsung.

Enquanto os aplicativos de pagamento não chegam por aqui, há outros usos da tecnologia no Brasil. Pelo menos em São Paulo já é possível recarregar os créditos do cartão para pagar o Bilhete Único, cartão para utilizar o transporte público na cidade. Para isso, basta baixar o aplicativo Ponto Certo, disponível para Android, e encostar o bilhete único no celular, seguindo sempre as instruções do aplicativo.

Autenticação e combate à pirataria

Como acontece com qualquer inovação, o uso da tecnologia NFC ainda está sendo explorado. Em 2016, a iOlive e a Thin Film Electronics se juntaram para combater a fraude no setor de azeites. Um pequeno adesivo NFC está integrado com o rótulo da garrafa e compradores podem escanear o produto com o smartphone para comprovar que o azeite é verdadeiro. Segundo a JWT Intelligence, a indústria de azeite perde cerca de US$ 16 bilhões por ano com fraudes. Logo, a possibilidade de rastrear os produtos verdadeiros pode trazer grandes benefícios.

Esse tipo de combate à pirataria tem sido utilizado também por outras empresas. A marca de bebidas Rémy Martin também lançou uma garrafa na China em que um adesivo NFC que pode mostrar que a garrafa é, de fato, genuína. Também em 2016, a marca Maria&Donato, da Espanha, colocou adesivos NFC em uma coleção de bolsas, tudo com intenção de evitar a pirataria no mercado de luxo.

A tecnologia NFC também permite outros tipos de interação. Com o conceito de “roupa inteligente” é possível colocar adesivos NFC em vestimentas, que podem ser programados para selecionar notificações quando o celular fica próximo da tag. Ou seja, campo é o que não falta.

Fonte: Intel iQ Brasil

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