Intel e Brown University estão desenvolvendo sistema de IA para ajudar pacientes paralisados

Lesões na medula espinhal alteram a vida de alguém para sempre e podem acontecer com qualquer pessoa.

A razão por trás dessa paralisia devastadora é porque o corpo humano não é capaz de regenerar as fibras nervosas danificadas. O cérebro perde seu sinal para alertar os músculos a se moverem e assim ocorre a paralisia.

No entanto, com a ajuda da inteligência artificial, IA, e novas tecnologias, a área médica está trabalhando para ajudar os pacientes com lesões na medula espinhal a se moverem novamente.

Uma equipe de cientistas da Intel e da Brown University nos EUA se uniu para trabalhar na tecnologia orientada à IA em uma tentativa de ajudar as pessoas paralisadas a se sentirem e se moverem livremente.

O que a pesquisa implicará?

Oferecendo uma doação de US$ 6,3 bilhões da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA (DARPA), a equipe de pesquisadores, liderada pela Brown University, está embarcando em um projeto de dois anos.

David Borton, pesquisador principal do projeto e professor assistente da Escola de Engenharia de Brown, disse: “Sabemos que os circuitos ao redor de uma lesão na medula espinhal geralmente permanecem ativos e funcionais”.

Borton e sua equipe pretendem desenvolver uma tecnologia orientada por IA – uma ‘interface espinhal inteligente’ – que permitirá que pacientes com lesões na medula espinhal movam seus membros mais uma vez e recuperem o controle da bexiga. O controle da bexiga é relatado como uma das principais preocupações para quem sofre de lesão medular.

Borton continuou: “Este estudo exploratório tem como objetivo construir o conjunto de ferramentas – a combinação de hardware, software e entendimento funcional da medula espinhal – para tornar possível esse sistema”.

Para começar, a equipe, formada por pesquisadores médicos da Brown, especialistas em inteligência artificial da Intel, médicos do Hospital Rhode Island e parceiros da Micro-Leads Medical, usará um dispositivo implantado na medula espinhal dos pacientes, controlado por hardware.

A Intel levará o software, o hardware e o suporte à pesquisa para a mesa. As ferramentas de IA e aprendizado de máquina serão desenvolvidas para processar os sinais que viajam para cima e para baixo na medula espinhal acima do local da lesão.

Em sentido inverso, sinais subindo a medula espinhal por baixo do local da lesão poderiam ser potencialmente usados para estimular o movimento acima do local.

Para entender como comunicar os comandos motores corretos, a equipe registrará os sinais motores e sensoriais diretamente da medula espinhal. A equipe coletará dados do Hospital Rhode Island implantando conjuntos de eletrodos nas medulas espinhais de pacientes voluntários.

Esses pacientes serão submetidos a fisioterapia regular, durante a qual o dispositivo implantado registrará e estimulará a coluna.

O objetivo final é criar um dispositivo totalmente implantável que funcione a longo prazo. O dispositivo permitiria que os nervos cortados se comunicassem imediatamente após receber os sinais elétricos do cérebro, assim como aqueles sem lesões na medula espinhal.

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Fonte: Engenharia É