Nissan anuncia primeiro carro do mundo que gerará energia elétrica via bioetanol

Nissan anuncia o desenvolvimento do primeiro veículo do mundo com sistema SOFC, que utiliza bioetanol para gerar energia elétrica

A montadora japonesa Nissan Motor acaba de anunciar que está fazendo pesquisas que podem mudar o rumo da indústria de automóveis: a intenção é lançar um sistema de Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC, ou Solid Oxide Fuel Cell, em inglês) que funciona com energia elétrica gerada por bioetanol.

Em texto publicado nesta terça-feira, a Nissan diz que o sistema integra uma célula de combustível e-Bio com um gerador de força, tecnologia inédita no setor.

 Enquanto automóveis são responsáveis por boa parte da poluição mundialmente, novas tecnologias vêm sendo testadas para tornar os meios de transporte mais ecológicos.

No caso da célula de combustível e-Bio apresentada pela Nissan, a SOFC produz eletricidade para movimentar o veículo utilizando o bioetanol armazenado. “A célula de combustível e-Bio utiliza hidrogênio transformado em combustível por meio de um oxigênio reformado e atmosférico, com a subsequente produção de eletricidade da reação eletroquímica para alimentar o veículo”, explica a companhia.

Dessa forma, o SOFC funciona como uma fonte própria de energia e proporciona, de acordo com a japonesa, “autonomias similares às dos carros movidos a gasolina (mais de 600 km)”.

O produto gerado, portanto, seria mais ecológico do que os sistemas de cédulas de combustíveis por não liberar os subprodutos inerentes à reação com o oxigênio.

“Quando a energia é produzida por meio de um sistema de célula de combustível, CO2 é geralmente emitido. Com o sistema de bioetanol, as emissões de CO2 são neutralizadas a partir do processo de cultivo da cana-de-açúcar que compõe o biocombustível, permitindo que haja um “ciclo neutro de carbono”, com aproximadamente nenhum acréscimo de CO2”, continua o texto.

 Embora ainda esteja em fase de testes, a companhia afirma que os custos de funcionamento desse sistema são “notavelmente baixos” e que a facilidade de uso virá com o tempo, permitindo, possivelmente, uma “sociedade zero emissões”.

Fonte: InfoMoney

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