Brasil já possui mais de 500 parques eólicos instalados

No início de dezembro de 2017 a ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica contabilizou a marca de 500 parques eólicos instalados no país. No total, já são 12,64 GW de capacidade instalada, distribuídos em 503 usinas com cerca de 6.500 aerogeradores instalados no Brasil.

Além disto, não é só no Nordeste que os parques eólicos estão localizados. Dos mais de 500 parques eólicos atuais, cerca de 400 (80%) estão no Nordeste, mas é preciso saber também que o Rio Grande do Sul, por exemplo, é um produtor extremamente importante, com 80 (16%) parques instalados, ele gera energia, por exemplo, para a fábrica da Honda em São Paulo, a mais de 1000 km ao norte.

Segundo a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum, até 2020, o Brasil terá pelo menos 17 GW instalados, considerando apenas os contratos que já foram firmados em leilões já realizados e também no mercado livre. Além disso, Gannoum informa que o não de 2016 foi um ano muito difícil para a energia eólica e espera que nos proximos três leilões, dois em dezembro de 2017 e um em abril de 2018, a situação seja revertida.

Em setembro de 2017, a fonte eólica atingiu a marca de 12 GW e os números ano a ano estão mostrando um setor que cresce vigorosamente com base, principalmente, nos leilões realizados no passado. Em novembro, por exemplo, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE divulgou dados consolidados do seu boletim InfoMercado mensal que mostram que a produção de energia eólica em operação comercial no Sistema Interligado Nacional – SIN, entre janeiro e setembro de 2017 foi 28% superior à geração no mesmo período do ano passado. Outro dado da CCEE que chama atenção é o atendimento da carga nacional. No mês de setembro, a geração de energia eólica foi responsável por 11% de energia da matriz elétrica brasileira, com 7,02 GW médios. Este valor configurou um novo recorde de representatividade. Em agosto, as eólicas haviam atingido pela primeira vez os dois dígitos de representação na matriz, com 10%.

Além disso, o Brasil tem se saído muito bem nas comparações mundiais, De acordo com o GWEC – Global Wind Energy Council, no Ranking de 2016 dos dez países com mais capacidade instalada total de energia eólica, o Brasil subiu uma posição e aparece agora em 9º colocado na lista dos maiores países, com 10,74 GW, ultrapassando a Itália, que está com 9,2 GW.

“A marca de 500 parques, o crescimento da geração, mais uma subida de posição no ranking e os 12 GW merecem ser comemorados e são uma prova de um setor que vem mostrando sua maturidade. As eólicas estão, por exemplo, salvando o Nordeste do racionamento em tempos de reservatórios abaixo do nível e com bandeira vermelha. Os dados de recordes de geração do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) são a prova disso. No dia 14 de setembro de 2017, por exemplo, as eólicas abasteceram 64% da demanda média do Nordeste. Além disso, as eólicas têm outros benefícios, que podemos resumir da seguinte forma: é renovável; não polui; possui baixíssimo impacto ambiental; contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima (ou Acordo de Paris); não emite CO2 em sua operação; tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia; permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra; gera renda por meio do pagamento de arrendamentos; promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável; gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional”, finaliza Elbia.

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Fonte: ABE Eólica

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