Aneel concorda com empréstimo de R$ 11,2 bi a distribuidoras

Distribuidoras estão gastando muito com a compra de energia no mercado de curto prazoO superintendente de fiscalização econômica e financeira da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) consentiu na abertura de linhas de crédito entre a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e bancos financiadores para repassar dinheiro às distribuidoras. Em despacho publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial, Antônio Araújo da Silva também foi confirmou o valor de até 11,2 bilhões de reais no âmbito das operações.

Na terça-feira, a CCEE aprovou em Assembleia Geral a contratação de empréstimo para ajudar as distribuidoras a arcar com os custos mais altos da energia no curto prazo. Na véspera, a CCEE chegou a informar que assinaria nesta sexta-feira o contrato de empréstimo com um sindicato de 10 bancos, com a adesão do Credit Suisse, já que anteriormente o contrato seria assinado com nove instituições.

Além do banco suíço, confirmaram participação no empréstimo: Banco do Brasil, Bradesco, Santander Brasil, BTG Pactual, Itaú Unibanco, Citibank, JP Morgan, Caixa Econômica Federal e Bank of America Merril Lynch. Os bancos Votorantim, Goldman Sachs e HSBC desistiram de participar do empréstimo.

As distribuidoras de energia elétrica estão tendo elevados gastos com a compra de energia mais cara no mercado de curto prazo, por conta do forte acionamento das usinas termelétricas para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.

O empréstimo faz parte de um pacote de ajuda montado pelo governo federal para socorrer as distribuidoras, que inclui também repasses do Tesouro Nacional e leilão de energia existente. As distribuidoras estão descontratadas em mais de 3,3 gigawatts (GW) médios de energia.

Crise – Nesta semana a CCEE confirmou que os conselheiros Luciano Freire, Paulo Born e Ricardo Lima solicitaram desligamento dos cargos ocupados no Conselho de Administração da empresa. De acordo com nota divulgada nesta quarta-feira, todos alegaram questões pessoais para a renúncia. Contudo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, fontes próximas aos conselheiros afirmaram que eles pediram demissão porque ficaram com receio de serem acusados de gestão perigosa por causa do elevado volume de recursos da operação.

O conselho é formando por cinco integrantes. Com as três saídas confirmadas nesta quarta-feira, restaram o atual presidente – Luiz Eduardo Barata – e o ex-presidente da CCEE Antônio Carlos Fraga Machado.

Fonte: Veja

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