Máscara que gera campo eletromagnético pode matar coronavírus

O ano de 2020 tem sido marcado pela pandemia do coronavírus e pela mudança dos nossos hábitos. O Brasil já é o segundo maior país com número de mortos pela doença, perdendo apenas para os Estados Unidos (Dado de 29 de junho de 2020). Segundo a Agência Brasil, o uso de máscaras de proteção facial já vinha sendo apontado como uma medida importante de defesa para evitar a infecção do novo coronavírus (COVID-19). Atualmente, com o aumento dos casos na pandemia, o uso de máscaras passou a ser tratado como política pública de prefeituras e governos estaduais, com regras recomendando ou até mesmo obrigando a adoção deste recurso de prevenção contra a doença.

Mas e se as máscaras pudessem não só proteger, como também matar o vírus. Seria isso possível? 

Segundo Chandan Sen, diretor do Centro para Medicina Regenerativa e Engenharia da Escola de Medicina de Indiana, a resposta é sim e inclusive foi publicado um artigo sobre com o nome Electroceutical Fabric Lowers Zeta Potential and Eradicates Coronavirus Infectivity upon Contact. Um grupo de cientistas da universidade desenvolveu um tecido feito de poliéster que utiliza a tecnologia para criar um campo magnético.

Como funciona?

Utilizando pontos circulares de prata elementar e zinco alternados é possível confundir as propriedades eletrocinéticas do vírus, diminuindo sua capacidade de infectar as pessoas.

O site Olhar Digital descreveu que o tecido gera um campo elétrico fraco, usando baterias de microcélulas, quando exposto à umidade, que bloqueia a capacidade de infecção. Atualmente, a tecnologia é usada como curativos por sua capacidade de matar vírus e bactérias e por ser inofensivo aos humanos.

No Brasil

No Brasil, o estudo foi realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), pelo Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e uma Startup que já produzia tecidos que evitam a proliferação de fungos e bactérias.

Os pesquisadores do ICB-USP isolaram e cultivaram o SARS-CoV-2, vírus responsável por causar a covid-19, que foram colocadas dentro de tubos junto com amostras de tecido com e sem micropartículas de prata. Esses tubos foram analisados por intervalos de tempo, dias e pesquisadores diferentes.

Esse estudo concluiu que os tubos com tecido que continha as micropartículas de prata teve 99,9% das cópias do novo coronavírus inativadas após dois e cinco minutos de contato, mesmo a quantidade com a qual o tecido ficou exposto ao vírus ser muito superior à que uma máscara de proteção é exposta.

A utilização desse equipamento é essencial para a luta contra o coronavírus, principalmente na área da saúde, onde os profissionais estão em contato direto com pacientes infectados pelo coronavírus.

Por: Camilla Schettino