Alemanha constrói vilas solares que produzem mais eletricidade do que consomem

Geração cresceu desde que cidadãos passaram a receber em dinheiro pelo excedente que conseguiam produzir em suas próprias casas.

Com este impulso, existem vilas inteiras que vivem de energia solar. As chamadas  “vilas solares” empregam a última tecnologia em placas solares  e são capazes de produzir quatro vezes mais energia do que consomem. Em 2000, a Alemanha aprovou uma lei na qual as companhias de energia teriam que pagar em dinheiro para aquelas pessoas que conseguiam devolver para rede elétrica o excedente da energia produzido em suas próprias casas – no sistema chamado de microgeração.

 

Uma das vilas mais conhecidas está aos arredores de Friburgo, a quarta maior cidade do estado de Baden Würtemberg, ao sul do país. Graças ao arquiteto Rolf Dish, que desenhou as vilas que existem em Friburgo, a cidade se tornou lider na construção dos painéis.

As casas não possuem nenhum sistema ativo de energia para manter a temperatura. Foram instalados nos telhados placas de alta tecnologia e nas paredes, espumas de espessura de 30 centímetros. A casa dispõe de vidro triplo e está externamente selada. O ar fresco entra em um nível e é sugado através de um funil na parede.

De acordo com o The Guardian Meinhard Hansen, o arquiteto-chefe de Friburgo afirma que “o calor que sai da casa aquece o ar frio que entra”.

Graças a ele, essa vila solar pode produzir em seus melhores dias quatro vezes mais energia do que precisa. As energias que ‘sobram’ voltam para a rede elétrica, e recebem uma recompensa. O estado paga 0,48 centavos de euros por quilowatt-hora.

Para ter uma ideia do que as vilas solares economizam e do quanto não poluem, esse exemplo é suficiente: uma velha casa na Alemanha precisa de 6 mil litros de diesel por ano para se aquecer.

Financiamento

As vilas solares possuem um sistema especial de financiamento por meio do chamado “fundo solar” (fundos imobiliários) proveniente de pequenos investidores externos. O preço da construção sai em torno de 500 euros por metro quadrado, 10% a mais do que uma casa comum.

Agora, os vilas solares crescem como cogumelos em um país, a propósito, que tem menos horas de sol por ano do que a Espanha.

Fonte: Época

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